terça-feira, 12 de abril de 2011

Ballet Russes de Diaghilev

Após assumir o Ballet Russes de Diaghilev em 1915, Edward Bernays que disse que lhe fora dado um trabalho sobre o qual não sabia absolutamente nada, e que na verdade não lhe interessava. Mas ele não era o único, os americanos não aceitavam bem os homens bailarinos e o que eles faziam, alem de achar que o assunto tinha interesse limitado. Bernays começou a ligar o balé a algo que as pessoas gostassem e se entendessem "Primeiro como uma novidade das artes; segundo como um apelo a grupos especiais; terceiro como um impacto na vida das pessoas, com as cores e desing nos produtos americanos; e quarto, com as personalidades". Começando pelos jornais Edward desenvolveu informativos para quatro editores que contessem fotos, histórias de dançarinos, figurinos e compositores.Os artigos foram direcionados para seus quatro temas e publicos, assim, as paginas destinadas ao público feminino apresentavam artigos sobre roupas, tecidos e moda. Seu próximo trabalho foi a revista Cobertura, a qual aparecia um pouco antes da abertura do balé. Bernays adaptou suas histórias para os editores, pois quando a Ladies Home Journal disse que não poderia exibir fotos nas quais aparecessem dançarinos com saias acima do joelho, ele teve de retocar as fotos. Sua habilidade em entender as necessidades dos editores resultou em: The American Hebrew, Collier's, Craftsman, Every Week, Harper's Weekly, Hearst Magazines, Harper's Bazaar, The Independent, Ladies Home Journal, Literary Digest, Munsey's, Musical America, Opera, Physical Culture, Strand, Spur, Town & Country, Vanity Fair, Vogue, and Woman's Home Companion.

Bernays criou um guia de publicidade para os homens usarem durante a turnê do Ballet. Este continha biografias sobre os bailarinos, pequenas notas e ainda uma pagina com a pergunta: os homens americanos tem vergonha de serem graciosos?

Ele persuadiu as manufaturas americanas para produzir produtos inspirados pela cor, desenho de cenários e figurinos para divulgar o evento. Esses estilos se tornaram tão popular que a Quinta Avenida vendeu estes produtos sem a intervenção de Edward. Ele utilizou de mídias exteriores para aumentar a expectativa dos dançarinos. Quando chegou as docas em Nova York, uma multidão estava esperando, em seguida tirou fotos e as publicou no domingo em revistas por todo o país.

Os ingressos para as apresentações foram vendidos antes da inauguração, quando o Ballet continuou a turnê pelas cidades americanas a procura pelos ingressos ditou uma segunda turnê e as meninas sonhavam e se tornar bailarinas. Edward Bernays remodelou seus preceitos para ter sua historia contada. A visão americana do balé e da dança mudou para sempre.







Luísa Helena Miranda de Macedo

Considerado pela revista Life Magazine como uma das 100 pessoas mais influentes do século XX e sobrinho de Freud, Edward Bernays (1891 – 1995) é considerado o pai da ciência chamada Relações Públicas. Defendia idéias polêmicas como a noção de que a manipulação consciente e inteligente das idéias das massas era fundamental à democracia. Também foi o criador da propaganda moderna, que vende valores ao invés de funcionalidade.

A grande inovação de Bernays foi a introdução do apelo ao inconsciente em suas campanhas. Conhecedor das teorias de seu tio, que afirmavam que o homem é controlado por impulsos irracionais, Bernays desenvolveu técnicas de persuasão a partir desses impulsos. O consultor de relações públicas era a interface entre os desejos de seus clientes e a grande conjunto de instintos irracionais das massas.

Sempre esteve muito ligado ao governos dos EUA. Em 1917 foi contratado pelo então presidente Woodrow Wilson para criar uma campanha para influenciar os americanos a apoiar a entrada de seu país na primeira guerra mundial. Em seis meses um imenso repúdio ao povo alemão estava instalado na América. Bernays foi consultor da presidência dos EUA desde Calvin Coolidge (cujo mandato começou em 1923) até Dwight D. Eisenhower (presidente até 1961).

Seu feito mais famoso, e mais polêmico, porém, aconteceu na década de 20, na área da publicidade. A indústria do cigarro queria derrubar o tabu que na época não permitia que as mulheres fumasse em público. Bernays, baseado em Freud, percebeu que o cigarro é um símbolo fálico, e que idéias de poder, independência e liberdade vinha embutidos nele. O consultor percebeu que poderia fazer com que o cigarro fosse adotado pelas mulheres como um desafio ao poder masculino. Durante uma passeata em comemoração à páscoa, em Nova Iorque, modelos foram contratadas para fumar e fotógrafos para registrar o fumo. A expressão “tocha da liberdade” foi usada para designar o objeto mágico de libertação feminina.

A imagem da mulher que fuma e a da mulher forte e independente se confundem desde então. Bernays mostra, assim, seu poder de construir hábitos. Outras campanhas popularizaram, por exemplo, o bacon and eggs americano, o flúor na água, e os copos descartáveis.





Referências:

http://orandomico.wordpress.com/2010/11/17/edward-bernays/


Marcos Felipe de Andrade


Tochas Da Liberdade.


Um século atrás, na década de 1920 as mulheres não fumavam, pelo menos não em público. A American Tobacco Corporation vendo a possibilidade de dobrar o seu público consumidor dos cigarros Lucky Strike, contratou os serviços de Edward Bernays.
Bernays desenvolveu uma estratégia de marketing muito original. Ele teve uma consulta com o psicólogo A.A Brill para descobrir o que convenceria uma mulher "respeitável" a fumar em público. Brill descobriu que o cigarro representava para as mulheres um símbolo fálico que ligava a ideia de desafio ao poder masculino, dessa maneira as mulheres passariam a fumar possuindo o seu próprio "pênis", numa situação de igualdade com os homens. Nessa época as mulheres estavam conquistando o direito de votar, de trabalhar fora, inclusive em empregos onde antes só havia homens.
Bernays organizou um evento publicitário que entrou para a história. Ele contratou modelos para participar da parada da páscoa em Nova York, e então disse a imprensa que um grupo de manifestantes dos direitos das mulheres passaria portando "tochas da liberdade". Cada modelo desfilava com um cigarro acesso e uma placa proclamando-o sua "tocha da liberdade".
Isso ajudou a quebrar o tabu contra mulheres fumarem em público, e tornou Edward Bernays umas das figuras mais lembradas quando o assunto é Relações Públicas.






Até o Papai Noel!


Referências:

http://www.arataacademy.com/port/
http://www.dzai.com.br/


Mychel Lima.

'Propaganda',. o segundo livro de Bernays



Propaganda foi o segundo livro de Bernay, a edição portuguesa segue a recente reedição americana, com prefácio de Luís Paixão Martins, presente no lançamento da obra. Publicado em 1928 em Nova Iork como manual pioneiro do setor, e embora muitas vezes ingênuo diante da literatura técnica publicada nas décadas seguintes pelos titulares das grandes advertising agencies dos anos 40/50, é bom lembrar que Bernays escreve e trabalha num state-of-art anterior ao advento da televisão. É curioso notar seu esforço de defesa da aplicação da propaganda nos mais variados campos da atividade humana, como na psicologia das massas, enquanto relações públicas, nas campanhas político-eleitorais, no feminismo, na educação, no serviço social e mesmo na arte e na ciência.




A seguir, alguma citações do livro:
Edward Bernays começa seu primeiro capítulo com o seguinte parágrafo: ” A MANIPULAÇÃO consciente e inteligente dos hábitos e opiniões das massas é um elemento importante da sociedade democrática. Aqueles que manipulam esse mecanismo invisível da sociedade constituem um governo invisível que é o verdadeiro poder de controle do nosso país” Ele segue: ” Nós somos governados, nossas mentes moldadas, nossos gostos formados, nossas ideias sugeridas, largamente por homens que nunca nem ouvimos falar. Esse é o resultado lógico da maneira a qual a sociedade democrática é organizada. Números vastos de seres humanos devem cooperar dessa maneira se forem viver juntos em uma sociedade que funcione suavemente.” “Eles (os governadores INVISÍVEIS!) nos governam por suas qualidades naturais, e sua capacidade de suprir ideias e por suas posições chaves na estrutura social.”






Capa do livro "Propaganda" de 1928

No segundo capítulo, após descrever a maneira como os reis e a aristocracia perderam seu poder para a burguesia, e como o sufrágio universal e a educação universal deixaram esses últimos com medo do povo (que agora governaria) ele diz: “Hoje, no entanto, uma reação foi posta em prática, a MINORIA descobriu uma ajuda poderosa para influenciar a MAIORIA. Foi-se descoberto possível MOLDAR a mente das massas de forma que elas direcionem sua nova força na direção desejada. Na presente estrutura da sociedade, essa prática é inevitável. Qualquer que seja a importância social do que é feito hoje, seja na política, finanças, manufaturas, agricultura, caridade, EDUCAÇÃO, ou outros campos, deve ser feito com a ajuda da PROPAGANDA. PROPAGANDA é o braço executivo do governo invisível.



REFERÊNCIAS:





Pamela Woinarovicz Ramos

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Edward Bernays (1891-1995), o mais influente propagandista do mundo pré-eminente, era sobrinho de Sigmund Freud, a quem ele se refere em seu livro propaganda um par de vezes. Bernays considerava a divulgação de propaganda, que é a formação e a manipulação da opinião pública, não apenas respeitável, mas absolutamente necessário na sociedade moderna. Ele considerou uma ciência, certamente com base na psicologia, e apela para autoridade do tio eminentes, afim de convencer as pessoas de negócios e sobretudo políticos, que a "engenharia do consentimento" pode e deve ser realizado com frieza e sistematicamente e tudo isso em benefício da sociedade. Alem de seu tio Sigmund Freud, Bernays foi influenciado e trabalhou com Walter Lippmann, que cunhou a frase sangue frio " fabricação do consentimento". Ele também foi influenciado pelas pesquisas de Ivan Pavlov. Bernays está certo de que, sabendo que o público está sendo propagandeado não é sábio protege-lo. Muito pelo contrário, para informar o público sobre o poder e a capacidade de persuasão de "propaganda" científica que está sendo administrada por mãos experientes, é sua intenção tem a rendição do público aos acontecimentos como algo inevitável, onipresente e irresistível.



Fonte: http://aphomeopatia.weebly.com/uploads/3/4/2/5/3425631/propaganda_edward-bernays.pdf


Maria Lúcia Wiggers

sábado, 9 de abril de 2011

Crystallinzing Publics Opinion


Edward Bernays foi o primeiro autor de obra relacionada a Relações Públicas, Crystallinzing public opinion (1923). Neste, Bernays delineia a figura do "consultor de relações públicas", que, mais ético e dotado de maior responsabilidade social, usando conhecimentos gerados pela ciência social para entender a opinião pública, a motivação do público e as técnicas de relações públicas, seria diferente dos agentes de imprensa e dos publicistas da época. Rey Lennon diz que “Bernays se preocupou desde cedo em deixar consolidadas as bases teóricas da nova profissão de consultor em relações públicas”, em razão da necessidade imperiosa de contar com o reconhecimento público para uma atividade que se achava em enorme desprestigio.
Exatamente por essas razões é que, recentemente, Barquero & Barquero (2001, p.129-130) dizem categoricamente ser Edward Bernays “o pioneiro mundial das relações públicas”.


Monalisa Fernandes

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O poder da persuasão

Edward Bernays, era sobrinho de Freud, aprendeu com seu tio diferentes métodos da psicanálise e resolveu aplicá-los em suas propagandas, tudo começou quando em uma de suas propagandas tornou o cigarro um produto de status e luxo, conquistando várias mulheres. No final da Segunda Guerra o mundo se encontrava em crise, Bernays resolveu deixar seus assuntos políticos de lado e utilizou suas ferramentas de manipulação para gerar a paz, ofereceu suporte a bancos e grandes corporações que precisavam conquistar um novo público alvo e se recuperar da crise.
Para que surgissem novos consumidores e a crise acabasse, era necessário fazer com que as pessoas comprassem além da necessidade, então, Bernays fez mágica com o consumismo, despertou o inconsciente da população e as pessoas começaram a se tornar inseguras quanto a aparência e personalidade, logo começaram a consumir mais que o necessário.

-Aqui vai o link de uma parte do documentário "O século do EU" que fala sobre Edward Bernays:




Talita de Oliveira